ESTRADA REAL
- uribrasil
- 5 de mar. de 2015
- 4 min de leitura
A Estrada Real surgiu em meados do século XVIII, durante o descobrimento do ouro no Brasil realizado pelos bandeirantes da corte portuguesa. A maior e mais desenvolvida rota turística do país, acompanhada de muita paisagem, história, cultura, religiosidade, arte e gastronomia.
Atualmente, a Estrada Real é um projeto criado pela FIEMG (Federação das Industrias do Estado de Minas Gerais) no intuito de promover o turismo no estado. São 1630 quilômetros ao redor de 199 municípios, entre os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, divididos entre 4 caminhos: Caminho Velho, Novo, dos Diamantes e de Sabarabuçu. Cercada de magníficas cachoeiras, patrimônios da humanidade, imponentes montanhas e muito ouro, a Estrada Real é a rota indicada pelo Guia dos Caroneiros.

Deslumbrar às mansas águas descobertas pelos portugueses através de um passeio de escuna em Paraty - RJ, desbravar as serras da mantiqueira e dos órgãos a caminho de Minas, se encantar com as mágicas águas de propriedades medicinais e terapêutica pelo circuito das águas, saborear os irresistíveis doces mineiros acompanhado com um autêntico pão de queijo, mergulhar nas inúmeras cachoeiras de Carrancas - MG, passear em uma maria-fumaça através de São João del Rey e Tiradentes - MG, conhecer toda evolução e revolução no estado de Minas Gerais no Museu dos Inconfidentes e o parque das andorinhas em Ouro Preto - MG, entre muitos outras atrações é possível conhecer entre os caminhos da Estrada Real
A descoberta do ouro nas nascentes, nos rios e no solo mineiro e o fácil acesso para atravessar a Serra da Mantiqueira foram os principais motivos que tornou o Caminho Velho a ser a rota piorneira da Estrada Real. Ele pode ser vencido em aproximadamente 15 dias de bicicleta, 48 dias caminhando, 24 dias cavalgando ou até mesmo em 8 dias de carro 4x4, percorrido de Ouro Preto – Paraty ou Paraty – Ouro Preto num total de 710 km divididos em 27 trechos.

Com o sucesso da grande extração de ouro em Vila Rica, a administração colonial criou um novo trajeto, ligando Diamantina a Ouro Preto, assim, o ouro e as pedras preciosas encontradas ao norte da província podiam ser igualmente escoados para Portugal, dando origem ao Caminho dos Diamantes. Ele pode ser vencido em aproximadamente 8 dias de bicicleta, 27 dias caminhando, 14 dias cavalgando ou em até 4 dias de carro 4x4, percorrido de Ouro Preto – Diamantina ou Diamantina – Ouro Preto num total de 395 km divididos em 18 trechos.

Ao avistarem o antigo Pico do Sabarabuçu (atual Serra da Piedade) com um incomum brilho que os bandeirantes imaginavam ser ouro, onde na verdade era o minério de ferro do topo da montanha que reluz a luz do sol, foi criado o caminho de Sabarabuçu. O lugar, porém, também guardava grandes depósitos de ouro, como resultado desta riqueza, a cidade de Sabará, hoje é famosa por suas igrejas, casas, casarões coloniais ainda bem conservados. O caminho pode ser vencido em aproximadamente 4 dias de bicicleta, 11 dias a pé, 6 dias de cavalo, ou até em 2 dias de carro 4x4, percorrido de Cocais – Glaura ou Glaura – Cocais num total de 160 km divididos em 6 trechos.

Devido ao extravio do ouro e assaltos a embarcações por piratas, foi aberta uma nova rota em 1699 nomeada por Caminho Novo. A rota saía do Rio de Janeiro e passava por cidades como Petrópolis, Juiz de Fora e Ouro Branco até chegar a Ouro Preto. Ela pode ser vencida em aproximadamente 11 dias pedalando, 35 dias caminhando, 18 dias cavalgando ou em até 6 dias de carro 4x4, percorrido de Ouro Preto – Diamantina ou Diamantina – Ouro Preto num total de 395 km divididos em 18 trechos.

Por todos os recantos da Estrada Real existem várias opções para saborear os melhores pratos da gastronomia típica. Pelas estradas, em qualquer ponto de parada, há sempre um imcomparável cafezinho acompanhado por cheirosos e quentinhos pães de queijo. Para os amantes da boa gastronomia, o festival Internacional de Cultura e Gastronomia em Tiradentes é o mais famoso. Durante dez dias, geralmente no fim de agosto, a cidade vira um imenso restaurante a céu aberto, onde "Chefs" brasileiros e estrageiros exibem orgulhosos os seus talentos.

Sinalização

Os marcos da Estrada Real estão situados no eixo principal do destino. Isso significa que estão ao longo do traçado dos Caminhos Velho, Novo, dos Diamantes e de Sabarabuçu. Estão presentes sempre que há pontos de bifurcação ou em locais que geram dúvida para o viajante sobre o caminho a ser seguido. O viajante tem que seguir pelo caminho que o marco está, no caso de uma bifurcação, se o marco estiver na esquerda da via é para seguir à esquerda. A ponta do marco não indica a direção que é para você seguir e sim o local que o marco está.
Na sua viagem, estranhe se você andar mais de 2 km sem ver um marco, principalmente em trechos com muitas bifurcações. Adote essa informação como referência para saber se você está no caminho certo da Estrada Real.
Os marcos são construídos em concreto, e em todos eles há o traçado da Estrada Real e a indicação “Você está aqui”, mostrando a localização geográfica do lugar. Abaixo fica instalada uma placa triangular com informações históricas sobre o local, as coordenadas geográficas (latitude e longitude exatas) além das indicações das cidades mais próximas.
Existe uma numeração no final da placa triangular que você encontrará nas planilhas de navegação para saber em qual marco você está.
Passaporte Estrada Real

O Passaporte da Estrada Real é um documento voltado para os viajantes que querem percorrer os Caminhos da Estrada Real. Esse documento deve ser carimbado nos pontos oficiais e apresentado no final para a retirada do Certificado. O passaporte pode ser retirado atualmente em Ouro Preto, Paraty, Petrópolis, Tiradentes e Diamantina. Na hora de retirar o Passaporte, é necessário preencher o formulário no próprio site da Estrada Real e levar 1kg de alimento não perecível ou uma peça de roupa, que serão doados para uma instituição de caridade.

Viajar de carona pela estrada real é um ótimo lugar para quem ainda não tem muita experiência com caronas, pelo fato das rotas passarem por cidades interioranas de minas, região que oferece amabilidade e gentileza aos viajantes.
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